Interrompi por momentos os sentimentos.
Segui sem respirar.
Andei sem tropeçar.
Vivi sem me tocar.
Retomei tudo.
Mas tive de gritar!
quarta-feira, 26 de dezembro de 2007
sábado, 15 de dezembro de 2007
por ai
Há Mendigos,
que mendigam por mendigar.
Andam por ai,
de um lado para o outro
de um outro sem parar.
Há quem os veja perdidos,
mas eu conheço mendigos
que já são crescidos.
Eu bem os vi crescer enquanto mendigavam.
Eu bem os vi mendigar sem parar
que mendigam por mendigar.
Andam por ai,
de um lado para o outro
de um outro sem parar.
Há quem os veja perdidos,
mas eu conheço mendigos
que já são crescidos.
Eu bem os vi crescer enquanto mendigavam.
Eu bem os vi mendigar sem parar
quarta-feira, 5 de dezembro de 2007
Fica para depois
Eternidade?
Que Eternidade
senão a que em nós temos.
Que Eternidade
senão a que conosco fica quando morremos.
Que Eternidade
se eternamente a interrompemos.
Estafeta fragmentada
começa,
passa...e não acaba.
Que Eternidade
senão a que em nós temos.
Que Eternidade
senão a que conosco fica quando morremos.
Que Eternidade
se eternamente a interrompemos.
Estafeta fragmentada
começa,
passa...e não acaba.
sexta-feira, 16 de novembro de 2007
segunda-feira, 12 de novembro de 2007
ponto final
Num abraço forte apertado
contigo,
Meus braços abertos
os teus cruzados.
Num abraço forte apertado
contigo,
minhas maos abertas
teus punhos cerrados
Num abraço forte e sentido
meu braço liberto
o teu impedido.
contigo,
Meus braços abertos
os teus cruzados.
Num abraço forte apertado
contigo,
minhas maos abertas
teus punhos cerrados
Num abraço forte e sentido
meu braço liberto
o teu impedido.
domingo, 28 de outubro de 2007
segunda-feira, 22 de outubro de 2007
Politicamente artistico?
Á excepção da Arquitectura, toda a restante arte é democratica.
Gosta-se ou não se gosta, convive-se ou não. Ora , a Arquitecutra está excluida porque estamos permanentemente numa espacialidade, sendo ela directa (Ex: dentro de um edificio) ou indirecta ( resultante de um conjunto de edificios, jardins, ruas etc.).
Até de olhos fechados convivemos com o espaço.
Gosta-se ou não se gosta, convive-se ou não. Ora , a Arquitecutra está excluida porque estamos permanentemente numa espacialidade, sendo ela directa (Ex: dentro de um edificio) ou indirecta ( resultante de um conjunto de edificios, jardins, ruas etc.).
Até de olhos fechados convivemos com o espaço.
sexta-feira, 19 de outubro de 2007
Traseiras
Há uma janela virada para as traseiras.
Há uma janela que dá para as traseiras
sempre aberta.
Nas traseiras há um grupo de janelas.
Há uma janela que dá para as traseiras
sempre aberta.
Nas traseiras há um grupo de janelas.
domingo, 14 de outubro de 2007
volta e meia
No meio de tudo,
com tudo a minha volta.
Só no canto,
de costa para o canto.
vi a volta toda,
com todos
com tudo.
À minha volta.
com tudo a minha volta.
Só no canto,
de costa para o canto.
vi a volta toda,
com todos
com tudo.
À minha volta.
Domingos do ano
Todos os anos
há domingos.
Em alguns,
desses domingos,
chove.
Chove em alguns dos domingos.
Todos os anos
chove
há domingos.
Em alguns,
desses domingos,
chove.
Chove em alguns dos domingos.
Todos os anos
chove
domingo, 23 de setembro de 2007
de longe
De frente,
em frente ao espelho,
o que vejo não percebo.
Só longe e sem reflectir
sou capaz de me sentir
em frente ao espelho,
o que vejo não percebo.
Só longe e sem reflectir
sou capaz de me sentir
sábado, 1 de setembro de 2007
enfim
domingo, 29 de julho de 2007
outrem
quarta-feira, 11 de julho de 2007
TÁXI !
Quando a corrida começou,
conceitrei-me apenas na técnica:
as mãos ásperas rangiam na borracha, já gasta , do volante.
O pé não ia fundo no pedal,
o carro,
velho ,
de ralanti elevado mesmo sem andar rápido.
Cada mudança denunciava-se com o eco da manete ao entrar na caixa,
folgada, cansada, gasta.
O cheiro do cabedal fundia-se com o diesel.
Hipnotizado pelo pisca-pisca ,
prazerosamente ensurdecedor,
Fui interrompido , abruptamente:
- Ora cá estamos: são 6euros e setenta por favor
- Faça 8 euros
- Obrigado!
- De nada , boa tarde...
conceitrei-me apenas na técnica:
as mãos ásperas rangiam na borracha, já gasta , do volante.
O pé não ia fundo no pedal,
o carro,
velho ,
de ralanti elevado mesmo sem andar rápido.
Cada mudança denunciava-se com o eco da manete ao entrar na caixa,
folgada, cansada, gasta.
O cheiro do cabedal fundia-se com o diesel.
Hipnotizado pelo pisca-pisca ,
prazerosamente ensurdecedor,
Fui interrompido , abruptamente:
- Ora cá estamos: são 6euros e setenta por favor
- Faça 8 euros
- Obrigado!
- De nada , boa tarde...
Nua
Despe-te.
despe tudo,
fica só com a roupa no corpo.
De roupa no corpo.
É Nua que te quero.
De corpo vestido,
de Amor despido.
Não te quero tua.
Não te quero nua.
É Nua que te quero.
despe tudo,
fica só com a roupa no corpo.
De roupa no corpo.
É Nua que te quero.
De corpo vestido,
de Amor despido.
Não te quero tua.
Não te quero nua.
É Nua que te quero.
num outro
Num outro dia,
de frente para mim.
olhei-te, olhei-te.
Olhei-te
No outro dia,
já longe de mim.
Vi-te , vi-te.
Vi-te
de frente para mim.
olhei-te, olhei-te.
Olhei-te
No outro dia,
já longe de mim.
Vi-te , vi-te.
Vi-te
sexta-feira, 6 de julho de 2007
mas cai
Uma
ou outra,
todos os dias.
Uma
ou outra,
demora um dia
do olho até cair.
Uma
ou outra,
chega
lenta.
cai.
lenta.
mas cai
ou outra,
todos os dias.
Uma
ou outra,
demora um dia
do olho até cair.
Uma
ou outra,
chega
lenta.
cai.
lenta.
mas cai
segunda-feira, 14 de maio de 2007
Morreste
Quando ouço alguém dizer:
"- A mim...já nada me surpreende! "
Vejo um corpo,
pronto.
Pronto para morrer
"- A mim...já nada me surpreende! "
Vejo um corpo,
pronto.
Pronto para morrer
quinta-feira, 10 de maio de 2007
domingo, 6 de maio de 2007
ontem, tarde

São 3 da tarde.
3 e pouco ou 3 e muito.
Não tenho relógio.
Sei que são 3 da tarde.
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns
Mas sei.
Sei pelo cheiro a café.
Sei pelos km de novelos de lã.
Sei pelo ritmo vagaroso e quente.
Tudo é mais devagar quando sao 3 da tarde
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns.
Sei que foram 3 da tarde.
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns.
E não serão mais
3 e pouco ou 3 e muito.
Não tenho relógio.
Sei que são 3 da tarde.
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns
Mas sei.
Sei pelo cheiro a café.
Sei pelos km de novelos de lã.
Sei pelo ritmo vagaroso e quente.
Tudo é mais devagar quando sao 3 da tarde
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns.
Sei que foram 3 da tarde.
3 e pouco ou 3 e muito,
Talvez até 4 e alguns.
E não serão mais
segunda-feira, 30 de abril de 2007
as tuas , as minhas , as nossas
Apanhei as minhas,
Gotas
Abri a janela e deitei-as,
Fora.
Juntei-me a ti,
Perto.
Com a mão na tua,
Cara.
Apanhei as tuas...
Gotas
Abri a janela e deitei-as,
Fora.
Juntei-me a ti,
Perto.
Com a mão na tua,
Cara.
Apanhei as tuas...
sexta-feira, 27 de abril de 2007
ideia
Aqui está:
Vibra em mim o desassossego da ideia...
Pulsa,
Aproxima-se,
Provoca-me,
Vai,
Regressa,
Vai...
Desassogado e Inquieto,
Observo-a parado:
desconcentradamente concentrado
Sem lhe tocar.
Forma-se.
Vibra em mim o desassossego da ideia...
Pulsa,
Aproxima-se,
Provoca-me,
Vai,
Regressa,
Vai...
Desassogado e Inquieto,
Observo-a parado:
desconcentradamente concentrado
Sem lhe tocar.
Forma-se.
segunda-feira, 23 de abril de 2007
quarta-feira, 18 de abril de 2007
tal e qual
Sou tal e qual o que pareço.
Tal e qual como sou
Sou tudo ao mesmo tempo.
Começo , termino e acabo:
Em Ti,
Neste,
Naquele.
Algo definitavemente inacabado
Se me vês assim
Sou um pouco de mim
Em Ti.
Tal e qual como sou
Sou tudo ao mesmo tempo.
Começo , termino e acabo:
Em Ti,
Neste,
Naquele.
Algo definitavemente inacabado
Se me vês assim
Sou um pouco de mim
Em Ti.
domingo, 8 de abril de 2007
Tens aqui
Toma.
Dou-te,
aceita.
Recebe, mas não me peças.
Se me pedires,
não te vou querer dar,
nao vou conseguir querer dar-te,
nem vou querer conseguir dar-te.
Por isto...
recebe.
Recebe apenas.
Dou-te,
aceita.
Recebe, mas não me peças.
Se me pedires,
não te vou querer dar,
nao vou conseguir querer dar-te,
nem vou querer conseguir dar-te.
Por isto...
recebe.
Recebe apenas.
domingo, 18 de março de 2007
assim assim, assim assado
Não sinto falta da falta que me fazes,
sinto falta de ti.
Como és:
não me fazes falta nenhuma
Então porque me faltas?
Criei-te assim e foste assado.
Tiraste-me o que me eras,
deste-me o que és,
Pois bem,
não te quero.
sinto falta de ti.
Como és:
não me fazes falta nenhuma
Então porque me faltas?
Criei-te assim e foste assado.
Tiraste-me o que me eras,
deste-me o que és,
Pois bem,
não te quero.
sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007
dorme
Perguntaste,
Respondi.
Perguntaste,
respondi novamente.
Perguntaste,
exclamei,
Esperaste e perguntaste de novo,
Menti,
deste-me um beijo e foste dormir
Respondi.
Perguntaste,
respondi novamente.
Perguntaste,
exclamei,
Esperaste e perguntaste de novo,
Menti,
deste-me um beijo e foste dormir
quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007
quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007
verbando o amor
Não digas todos os dias que me amas.
Ama-me todos os dias.
Um dia,
quando o disseres,
será como nos outros
em que mesmo não dizendo,
O foste fazendo...
Ama-me todos os dias.
Um dia,
quando o disseres,
será como nos outros
em que mesmo não dizendo,
O foste fazendo...
sentido
Quero tocar o que sinto
Se disser que não és tu...minto!
De noite tudo é grande
mas de manhã,
És sempre ainda maior
Sinto-te quando respiro
inspiro , espero e expiro
vens , ficas e vais
Se disser que não és tu...minto!
De noite tudo é grande
mas de manhã,
És sempre ainda maior
Sinto-te quando respiro
inspiro , espero e expiro
vens , ficas e vais
rotina
o pão queimou
voltar a uma ex-namorada , é como fazer torradas numa torradeira antiga que já estava arrumada...sabemos perfeitamente quais os sitios em que o pão se vai queimar
boa vizinhança
Todos os dias,
O pão do dia que ele comia,
Era ela quem lhe trazia.
Ela foi-se.
Hoje,
O pão que come,
é de ontem.
É o vizinho quem lho dá.
O pão do dia que ele comia,
Era ela quem lhe trazia.
Ela foi-se.
Hoje,
O pão que come,
é de ontem.
É o vizinho quem lho dá.
quarta-feira, 7 de fevereiro de 2007
chegar, ver e sentir
Ser-se cego não é : não ver,
apenas vê-se de outra maneira.
Fecho os olhos e vejo,
Abro os olhos e vejo...de outra maneira.
Não sinto as coisas como as vejo.
Mas é porque as vejo que as sinto.
Olhar é o plano, sentir é a sombra
Olho para ver
Vejo para compreender
Sinto para sofrer
apenas vê-se de outra maneira.
Fecho os olhos e vejo,
Abro os olhos e vejo...de outra maneira.
Não sinto as coisas como as vejo.
Mas é porque as vejo que as sinto.
Olhar é o plano, sentir é a sombra
Olho para ver
Vejo para compreender
Sinto para sofrer
o jogo
Passava por ti,
não me vias.
Chamava-te,
não olhavas.
Perfumava-me,
nem cheiravas.
Arranjava-me,não ligavas.
Ganhei o Totoloto,
comprei-te.
não me vias.
Chamava-te,
não olhavas.
Perfumava-me,
nem cheiravas.
Arranjava-me,não ligavas.
Ganhei o Totoloto,
comprei-te.
Avizinhando
Textos portateis - na janela
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